segunda-feira, 30 de março de 2009

Falar bobeira faz parte...


Quem nunca se pegou dizendo para a sua filhota ou filhote: "'Coza' 'má' 'gotoza' da mamãe" ou "'fofulinha' linda!", ou qualquer abobrinha parecida? Duvido que não haja uma mãe que não levante a mão (ou ambas as mãos).

Talvez não tenha dito essas, pode ter sido melhores, ou piores, quem sabe? Eu já disse um montão, principalmente quando percebi que a Nannah me entendia (eu acho).

Na hora de "papar", quando ela quer brincar ao invés de comer eu digo: "Abre bocão de leão!!", como ela vai abrir bocão de leão se ela não é um? Deeerrrr... Se ela realmente me entendesse diria: "Fala sério mãe!".

E a famosa música de minha autoria "pézinho com pézinho" (que não diz nada com nada) que a família inteira conhece, até meu sobrinho sabe cantar e faz a brincadeira com a Pequena? Coitadinha da criança, quando crescer vai me dizer: "Não acredito que você cantava isso para mim...".

O importante mesmo, apesar de às vezes nos sentirmos completas idiotas, é que dessa forma expressamos de forma simples o carinho que sentimos por nossas crias e as fazemos entender o quanto são importantes e dão sentido à nossa vida.

Se algum dia as mães deixarem de expressar o carinho que sentem por suas Pequenas e seus Pequenos, tenho a certeza absoluta de que viveremos num mundo mais cinza, que formará pessoas mais tristes e insensíveis.

Ser Mãe é uma emoção...

A emoção de ser Mãe começa antes mesmo de nos imaginarmos grávidas, inicia lá na infância, quando embalamos nossas bonecas que se deixavam banhar tão facilmente, sem espalhar água para todo o lado.

Quando cresci, me via às vezes estufando a barriga para ver como ela ficaria "grávida" e pensava: "Será que um dia serei mãe?", "Tenho paciência e jeito para isso?", mas um dia depois de muitos anos, me suspeitei grávida.

Eu e o Danny tínhamos ido ao shopping comprar o presente do amigo secreto dele e desconfiei quando achei que o strogonoff que eu comia estava com o gosto mais horrível do mundo (sempre adorei esse prato), um olhou para o outro, sem coragem de comentar a suspeita, "vai que não é", mas mesmo assim quase que adivinhando o pensamento um do outro passamos por uma farmácia e compramos um teste de gravidez.

Fizemos no dia seguinte, não porque conseguimos esperar, mas porque na caixa indicava que deveria ser preferencialmente a urina da manhã. O Danny permaneceu deitado, fingindo que nada acontecia e eu procurei controlar o medo, a ansiedade que tomavam conta de mim. O papelzinho foi mudando de cor e pronto: positivo.

Marcamos uma consulta na segunda-feira (era sexta, tínhamos um final de semana inteiro pela frente...). Entramos no consultório desconfiados, expliquei os sintomas e o meu médico já foi receitando ácido fólico e me dando as guias da baterias de exames necessários (ultrassom, glicemia em jejum, etc.) dizendo que pediria o exame de sangue, mas tinha certeza de que estava grávida.

Saímos do consultório em silêncio, havia um misto de emoções ocorrendo por dentro de nós e não sabíamos o quê fazer. Durante a gravidez cada ultrassom, cada consulta era uma emoção, misto de medo e alegria.

As 40 semanas chegaram rápido e, infelizmente, a Nanninah não encaixou teria de ser cesárea, aí as emoções deram um salto, medo da anestesia, do soro, do corte, tristeza por não ser parto normal, felicidade pela sua chegada...

A Pequena chegou, ouvi seu chorinho e não acreditava que aquela lindeza tinha saído de mim... Quando a trouxeram para amamentar pela primeira vez senti medo "Será que tenho colostro?", "Já?", "Vai doer?". Mas tudo correu bem e o colostro jorrava aos montes, tanto que a Pequena não dava conta de tomá-lo todo.

Faz sete meses que a Nanninhah nasceu, foram várias as emoções, cada dia uma nova. Experimentei vários tipos de emoções, boas e ruins e quando achei que não tinha mais nada para me emocionar descobri terça-feira (17/03) os seus dentinhos surgindo, e achei o máximo! Apesar de adorar ver sua banguela (e secretamente às vezes querer que ela permaneça assim: banguela, fios de cabelos fininhos, babando muito, cheias de "bababás" e precisando muito do meu colo) não vejo a hora de ver seus dentinhos, perceber seu crescimento...

quinta-feira, 5 de março de 2009

Olá! Passou tempo demais desde o último post, mas com a correria com a Pequena, a Faculdade, etc., ficou difícil postar. Descobri uma comunidade muito legal para os papais e mamães, é a Comunidade Crescer: http://revistacrescer.ning.com, vale a pena acessar, conhecer pessoas com os mesmos problemas e dúvidas que a gente, descobrir que pai e mãe são também simples mortais que cometem erros, têm dúvidas... A Nannah está cada dia mais sapeca, pensa que é gente grande e pode comer comida de gente grande também, eu e o Daniel não podemos mais comer nada perto dela, pois estica as mãozinhas e tenta pegar, quando consegue ninguém mais tira e coloca tudo na boca. É sempre bom conversarmos com pessoas com conhecimentos variados, meu psiquiatra me deu ótimas dicas para o desenvolvimento da minha Pequena: dar objetos para a criança pegar em ambas as mãos, assim desenvolve a capacidade de ser ambidestro. Deixar a criança jogar ao chão os objetos quantas vezes desejar, sempre pegar sem ralhar e se possível levá-la para ela mesma pegar. A criança joga os objetos ao chão para testar sua capacidade de reconstrução, e isso faz parte do seu aprendizado, de descobrir seus próprios limites.